Deixo desde já o último post à noticia do JN, pois vai dar para TODOS reflectirem. Parabéns João Sevilha.
"Bem... parece-me que estes comentários já se estão a tornar mais num concurso tipo "vamos ver quem viajou mais e onde se retorceu mais de dor: Portugal vs Resto do Mundo"... Todos sabemos que nada é perfeito e que o aumentar da complexidade dos sistemas apenas dificultará a sua organização. Portanto, um SNS para 9,5 milhões de pessoas é um filho que, logo à nascença, será difícil de educar; será sempre aquele que sai às escondidas à noite e que tem cigarros nos bolsos da roupa para lavar... Temos que assumir que vivemos num tempo de "imperfeiçao major" nos cuidados de saúde e que isto está para ficar...
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Estado não tivesse encerrado N urgências e SAP's e etc na área de abrangência de Gaia, talvez o Sr. António tivesse assistência médica especializada mais atempadamente...
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Estado não tivesse encerrado N urgências e SAP's e etc na área de abrangência de Gaia, talvez 50% dos outros utentes que estavam para ser observados antes do Sr. António também não tivessem acorrido aquela urgência...
Não quero defender a Enfermeira mas, se a nossa falta de educação cívica (tão bem expressa em alguns destes comentários) não fosse tão gritante, talvez 50% dos utentes que estavam para ser observados antes do Sr. António, não tivessem acorrido aquela Urgência apenas porque "até sou isento e faço já os exames todos que o médico de família me pediu"...
Não quero defender a Enfermeira mas, se a Direcção contratasse mais Médicos (ou, em alguns casos, se estes trabalhassem proporcionalmente ao que lhes é pago) para observar os doentes mais depressa, talvez o Sr. António tivesse sido observado de imediato pois até só teria 3 ou 4 utentes à frente dele... (o serviço de Enfermagem inicial - triagem - até foi imediato)
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Ministério da Saúde não tivesse implementado um sistema de triagem que a retringe à análise de sinais e sintomas e não da história pessoal, avaliando o que se passa no momento e, apenas em raros casos, o que se passou anteriormente, talvez o sistema tivesse feito mais pelo Sr. António...
Não quero defender a Enfermeira mas, de facto, o factor "anonimato" permite afirmar tudo o que nos dá na real gana, correndo o risco de enganar o público em geral que, não estando dentro do funcionamento (por vezes caótico) de uma Urgência, acaba por ficar mais confuso e apoiar tudo o que se diz, qual Apóstolo atrás de Cristo... (caro Anonymous, arrisca-se seriamente a tornar-se num dos profissionais de saúde que tanto critica; para se trabalhar neste meio é necessária formação moral e, se não a adquiriu até agora, não será concerteza no ensino superior)
Não quero defender a Enfermeira mas se a necessidade financeira não estivesse presente, talvez ela, hipoteticamente falando, não tivesse vindo de trabalhar de um outro local de trabalho (vulgo, duplo) e talvez não estivesse tão cansada e a hipótese de erro fosse menor... (sim, porque aos Enfermeiros é exigida a licenciatura para trabalhar mas não são pagos como tal, portanto os 3 a 5 mil euros mensais são uma daquelas anedotas que não dão vontade nenhuma de rir)
Enfim, não quero defender a Enfermeira mas, se todos os factores acima mencionados não estivessem presentes, aí talvez também lhe apontasse o dedo... assim, acho que não tenho dedos suficientes para apontar..."
"Bem... parece-me que estes comentários já se estão a tornar mais num concurso tipo "vamos ver quem viajou mais e onde se retorceu mais de dor: Portugal vs Resto do Mundo"... Todos sabemos que nada é perfeito e que o aumentar da complexidade dos sistemas apenas dificultará a sua organização. Portanto, um SNS para 9,5 milhões de pessoas é um filho que, logo à nascença, será difícil de educar; será sempre aquele que sai às escondidas à noite e que tem cigarros nos bolsos da roupa para lavar... Temos que assumir que vivemos num tempo de "imperfeiçao major" nos cuidados de saúde e que isto está para ficar...
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Estado não tivesse encerrado N urgências e SAP's e etc na área de abrangência de Gaia, talvez o Sr. António tivesse assistência médica especializada mais atempadamente...
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Estado não tivesse encerrado N urgências e SAP's e etc na área de abrangência de Gaia, talvez 50% dos outros utentes que estavam para ser observados antes do Sr. António também não tivessem acorrido aquela urgência...
Não quero defender a Enfermeira mas, se a nossa falta de educação cívica (tão bem expressa em alguns destes comentários) não fosse tão gritante, talvez 50% dos utentes que estavam para ser observados antes do Sr. António, não tivessem acorrido aquela Urgência apenas porque "até sou isento e faço já os exames todos que o médico de família me pediu"...
Não quero defender a Enfermeira mas, se a Direcção contratasse mais Médicos (ou, em alguns casos, se estes trabalhassem proporcionalmente ao que lhes é pago) para observar os doentes mais depressa, talvez o Sr. António tivesse sido observado de imediato pois até só teria 3 ou 4 utentes à frente dele... (o serviço de Enfermagem inicial - triagem - até foi imediato)
Não quero defender a Enfermeira mas, se o Ministério da Saúde não tivesse implementado um sistema de triagem que a retringe à análise de sinais e sintomas e não da história pessoal, avaliando o que se passa no momento e, apenas em raros casos, o que se passou anteriormente, talvez o sistema tivesse feito mais pelo Sr. António...
Não quero defender a Enfermeira mas, de facto, o factor "anonimato" permite afirmar tudo o que nos dá na real gana, correndo o risco de enganar o público em geral que, não estando dentro do funcionamento (por vezes caótico) de uma Urgência, acaba por ficar mais confuso e apoiar tudo o que se diz, qual Apóstolo atrás de Cristo... (caro Anonymous, arrisca-se seriamente a tornar-se num dos profissionais de saúde que tanto critica; para se trabalhar neste meio é necessária formação moral e, se não a adquiriu até agora, não será concerteza no ensino superior)
Não quero defender a Enfermeira mas se a necessidade financeira não estivesse presente, talvez ela, hipoteticamente falando, não tivesse vindo de trabalhar de um outro local de trabalho (vulgo, duplo) e talvez não estivesse tão cansada e a hipótese de erro fosse menor... (sim, porque aos Enfermeiros é exigida a licenciatura para trabalhar mas não são pagos como tal, portanto os 3 a 5 mil euros mensais são uma daquelas anedotas que não dão vontade nenhuma de rir)
Enfim, não quero defender a Enfermeira mas, se todos os factores acima mencionados não estivessem presentes, aí talvez também lhe apontasse o dedo... assim, acho que não tenho dedos suficientes para apontar..."
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